E o nome do jogo é? Consumo. Pois:
- Enquanto tivermos um número grande de pessoas fora desse jogo do consumo continuaremos produzindo com nossas próprias mãos conflitos sociais, violência, corrupção e miséria que permeiam nossas cidades.
- Enquanto não abaixar o padrão de consumo de quem pode consumir mais para que haja distribuição mais justa de riqueza e dos recursos naturais do nosso planeta, nós não vamos sair dessa marcha acelerada rumo ao colapso social, econômico e ético.
- Enquanto não pararmos de gastar mais com a indústria da moda, do cosmético ou ainda a bélica mais do que com a educação, combate a fome, arte ou ainda humanização nós não vamos sair dessa enrascada apocalíptica.
- Enquanto nós cristãos não recodificarmos nosso discurso religioso que só se preocupa com: “as pessoas precisam se converter” e não abrimos nossa cabeça pra repensarmos nosso próprio estilo de vida a coisa não vai andar.
Porque consumo tem a ver com
desejo; consumo tem a ver com identidade; consumo tem a ver com a necessidade
de se sentir amado. E uma verdadeira experiência espiritual cristã deveria
colocar em ordem esses anseios.
Ex: eu não preciso mais de uma
roupa “x” para me sentir amado ou reconhecido pela minha sociedade; eu não preciso
mais morar no bairro ou condomínio “y”;viajar para a cidade “w” ou ainda me
fotografar no restaurante “z” para ser reconhecido como sucesso ou para que eu
acredite que tenho valor.
A experiência espiritual cristã
que conclamamos deve colocar em ordem meu mundo interior para que minha presença
na sociedade seja mais generosa, mais solidária, mais participativa com a justiça,
a generosidade e a compaixão.
- Enquanto estivermos olhando para nosso próprio umbigo vamos continuar competindo e acirrando ainda mais a inveja, consumindo exageradamente e promovendo a vaidade, e sempre colocando os humanos em cadeia de valores distintos e subliminarmente dizendo que diante de Deus uns valem mais do que outros porque tem mais acesso ao consumo ou porque estão mais antenados na moda.
- Enquanto isso, ignoramos os bolsões imenso de pobreza e de miséria de nosso mundo e como resultado nosso mundo interior continuará caminhando, assim como nosso sistema global, aceleradamente em direção ao caos.
Adaptado
de Ed Rene Kivitz
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